"Amorim quis sair do Sporting, ponto final. Se não quisesse sair não iria a Londres"

"O Liverpool fechou a porta, o West Ham também. O que resta a Rúben Amorim, obviamente, é o Sporting", observou Maniche.

Esta temporada ficou marcada não só pela conquista do título, mas também pela eficácia e consistência demonstradas pela equipa leonina ao longo das diversas competições.

A conquista do bicampeonato sob a batuta de Rúben Amorim é um feito notável que vai além das habilidades técnicas em campo, destacando-se também pela gestão inteligente e estratégica fora dele.

O jovem técnico português, em Alvalade há três anos, tem sido fundamental na transformação da equipa leonina, elevando-a a novos patamares de competitividade e conquistas, quebrando desta forma uma hegemonia que era intensamente disputada pelos eternos rivais Benfica e FC Porto.

Apesar da alegria dos adeptos sportinguistas com os sucessos recentes, paira no ar a incerteza quanto à continuidade de Rúben Amorim no comando técnico do clube para a próxima época.

"É muito difícil o Sporting ter a hegemonia do futebol nacional. A história assim o diz"

Embora, durante os festejos no Marquês de Pombal, o técnico leonino ter reafirmado o seu compromisso com o Sporting, relembrando aos adeptos de que tem um vínculo com o clube lisboeta até 2026, há quem observe que recentemente Amorim não deixou margem para dúvidas de que queria sair do Sporting.

Neste sentido, Maniche, antigo internacional português e agora comentador desportivo, destacou em declarações na CNN Portugal que a ida de Amorim a Londres indicou um desejo claro do técnico de sair do Sporting, caso assim não fosse não teria ido Inglaterra.

"Rúben Amorim quis sair do Sporting, ponto final. Porque se não quisesse sair não iria a Londres", começou por afirmar o antigo jogador.

No entanto, com as portas de outros clubes fechadas, mais propriamente de Liverpool e do próprio West Ham, o caminho mais provável para Rúben Amorim é a permanência em Alvalade.

"Agora, o Liverpool fechou a porta, o West Ham também, não há muitas opções para Rúben Amorim perante a qualidade e a competência e o seu profissionalismo. Porque os clubes de elite e os clubes de top, quase todos eles, penso eu, têm um treinador para a próxima época. Então, aqui fecha-se tudo", observou o agora comentador.

"E o que resta a Rúben Amorim, obviamente, é o Sporting. Que eu acho, e sempre o disse, que não era descabido ele ficar no Sporting. Até fazia todo o sentido", acrescentou o antigo médio.

Maniche argumenta ainda que tal cenário poderia ser benéfico para ambas as partes, pois permitiria ao Sporting reforçar o plantel e manter uma equipa competitiva para as próximas competições, incluindo a Liga dos Campeões.

"O Sporting iria reforçar a sua equipa. O Sporting depende muito também daquilo que o próprio treinador diz, e Federico Varandas e Hugo Viana ouvem, e tem resultado, podia efetivamente renovar-se o plantel, e até ficar com uma equipa mais competitiva, que vai jogar as Champions", defendeu Maniche.

Contudo, e apesar do Sporting estra a conseguir recuperar terreno perante os seus eternos rivais, Maniche assume não acreditar que o clube lisboeta consiga ter a hegemonia do futebol nacional.

"Não acredito que o Sporting, e é muito difícil o Sporting ter a hegemonia do futebol nacional, tendo um FC Porto e um Benfica forte, a história assim o diz", explicou.

Antes de dar por terminada a sua intervenção, o ex-internacional português deixou ainda alguns elogios a Frederico Varandas, presidente dos leões, destacando o bom trabalho que o líder sportinguista está a fazer desde que tomou as rédeas do clube.

"Agora, o que é certo é que o Federico Varandas também está a fazer um trabalho magnífico nesse sentido. Porque hoje em dia o Sporting é gerido de dentro para fora e não de fora para dentro", rematou Maniche.