Roger Schmidt, técnico alemão que inicialmente trouxe 'uma lufada de ar fresco' aos adeptos do Benfica, ao conquistar o título nacional na sua primeira temporada na Luz, agora enfrenta uma maré crescente de críticas que se tornam cada vez mais audíveis.
A expectativa de reconquistar o título de campeão nacional tornou-se cada vez mais uma miragem para o clube encarnado, e só a matemática vai mantendo a esperança dos adeptos, o que tem contribuído para um clima de insatisfação e pressão em torno de Roger Schmidt.
Embora tenha começado a sua jornada em Lisboa de forma auspiciosa, a segunda temporada de Roger Schmidt tem sido marcada por uma série de resultados inconsistentes.
Apesar da conquista da Supertaça Cândido de Oliveira no início da época, o Benfica enfrentou dificuldades nas competições europeias e viu a sua posição na corrida pelo título nacional enfraquecer, com o Sporting a consolidar uma posição de destaque para conquistar o título que lhe fugiu na época passada.
A frustração dos adeptos atingiu o seu ponto alto após a eliminação da equipa das competições europeias, com insultos e críticas direcionados não apenas aos jogadores, mas também à equipa técnica e à direção do clube.
Em resposta a este ambiente de pressão, Roger Schmidt adotou uma postura firme, afirmando que não precisa de pessoas que desrespeitem a equipa e sugerindo que estes deveriam ficar em casa.
Apesar das críticas e da pressão, Roger Schmidt reiterou o seu compromisso com o Benfica e expressou o seu orgulho em representar o clube encarnado.
"É um orgulho ser treinador do Benfica, tal como disse quando renovei contrato até 2026, quando tomo uma decisão mantenho-a até ao fim", afirmou recentemente o técnico das águias.
No entanto, a especulação em torno do futuro de Roger Schmidt persiste e tem sido tema recorrente na imprensa desportiva, especialmente com os recentes rumores que o ligam ao Bayern Munique.
Enquanto os adeptos benfiquistas clamam pela saída do técnico alemão, Pedro Henriques, antigo jogador português, analisa a situação de uma forma mais pragmática.
Em declarações na Sport TV, o antigo defesa luso reconhece que os adeptos muitas vezes agem de forma emocional e por impulso, daí o pedido para Rui Costa demitir Roger Schmidt, tendo destacado ainda a dificuldade do Bayern em contratar novos treinadores.
"Os adeptos pensam nisto de forma irracional. Por isso é que são adeptos", começou por observar o agora comentador desportivo.
"Depois vai bater na outra questão que é o Bayern não consegue contratar ninguém. E bem, que isto de os treinadores largarem o projeto para outro é um direito que têm mas é desrespeitoso".
Pedro Henriques também sugere que a possível transferência de Roger Schmidt para o Bayern poderia abrir espaço para uma mudança no comando técnico do Benfica, dependendo dos interesses do clube, mais propriamente de Rui Costa.
"Percebo a dificuldade do Bayern de Munique nos treinadores que escolheu. Mas, obviamente, qualquer treinador quer treinar o Bayern", desatacou o ex-jogador.
"E se eles quiserem, e se for mesmo verdade, então, pode haver aqui uma oportunidade para o Benfica trocar de treinador, querendo o Rui Costa. Não querendo vão ter de bater a cláusula", rematou Pedro Henriques.
Recorde-se que Bruno Costa Carvalho, antigo candidato à presidência do Benfica já defendeu a "troca" de Roger Schmidt por Thomas Tuchel.