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"Doping financeiro absolutamente inaceitável, porque isto adultera a competição"

O diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, condenou o perdão de dívida ao Sporting, classificando-o como uma vantagem injusta e um "roubo aos portugueses".

"Doping financeiro absolutamente inaceitável, porque isto adultera a competição"
Porto Canal

Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, criticou o perdão de dívida concedido ao Sporting em 2018, classificando-o como "doping financeiro" e um "roubo aos portugueses".

Em 2018, o Novo Banco e o BCP chegaram a um acordo com a Sporting SAD para reestruturar a dívida do clube. No âmbito deste acordo, o Novo Banco perdoou 36 milhões de euros de dívida e o BCP perdoou 58 milhões de euros. O total do perdão da dívida foi de 94,5 milhões de euros.

Este perdão foi significativamente maior do que o valor pago pelo Sporting para a compra de VMOCs (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis), que rondou os 29,4 milhões de euros, representando cerca de 31% do total perdoado.

No programa do Porto Canal, Francisco J. Marques argumentou que esta situação proporciona ao Sporting uma vantagem competitiva injusta em relação aos seus rivais, acusando ainda o banco de estar sob pressão do Governo português para favorecer o clube. "Trata-se de doping financeiro absolutamente inaceitável, porque isto adultera a competição completamente", afirmou.

Recorde-se, o Novo Banco refutou a ideia de ter sofrido pressão governamental, alegando que o acordo foi baseado em critérios económicos e que o Sporting cumpriu com os seus compromissos financeiros. Apesar disso, o assunto continua a ser uma fonte de controvérsia.

O diretor de comunicação dos 'dragões' comparou a situação do FC Porto, que não recebeu um empréstimo de 2 milhões de euros do Novo Banco durante a pandemia, mesmo com garantia da Federação Portuguesa de Futebol, com a situação do Sporting, que recebeu um perdão de dívida significativo. "Isto é uma perversão terrível", considerou.

Francisco J. Marques também apontou para o que considera ser uma "santa aliança" entre o Sporting e o Benfica, e um tratamento desigual entre os clubes do Porto e de Lisboa. E prevê que a situação se repetirá: "Daqui a dois ou três anos, o Sporting vai voltar a precisar de dinheiro e vai haver outro banco que o vai ajudar".

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