A Croácia, guiada por Luka Modric, superiorizou-se, após prolongamento, aos anfitriões Países Baixos, que se ‘agarraram’ à curta vantagem e subestimaram os visitantes, rumo à primeira final da Liga das Nações.
Depois de 30 minutos sem, praticamente, existir perigo junto das balizas – as exceções foram os remates não enquadrados de Kramaric para a Croácia e Koopmeiners para os neerlandeses -, a formação orientada por Ronald Koeman, antigo técnico do Benfica, inaugurou o marcador à passagem do minuto 34.
Numa jogada muito bem conseguida, o lateral Nathan Aké descobriu Mats Wieffer na área, que contemporizou, antes de servir Donyell Malen, para este bater Livakovic com um remate forte cruzado.
Os vice-campeões do Mundo em 2018, que fizeram hoje a estreia absoluta na fase decisiva da Liga das Nações, entraram no segundo tempo a ‘todo o gás’ à procura da igualdade e, só não conseguiram nos primeiros instantes, porque um novo remate de Andrej Kramaric saiu ao lado do poste.
Contudo, o conjunto dos Balcãs continuou a imprimir velocidade no ataque, a tentar arranjar espaços para penetrar na área, onde Gapko, em missão defensiva, empurrou o veterano Modric pelas costas, dando origem a uma grande penalidade.
À terceira tentativa, agora da marca do castigo máximo, o ponta de lança dos alemães do Hoffenheim bateu ao meio da baliza de Bijlow, aos 55 minutos.
O tento do empate deu um novo fôlego aos croatas, que ainda procuram o primeiro grande título internacional, e o golo da reviravolta acabou por acontecer, para desespero dos anfitriões, sem capacidade para responder a 17 minutos do apito final.
Com Luka Modric, melhor futebolista mundial em 2018, a orquestrar o jogo croata, foi Ivanusec a descobrir Pasalic no ‘coração’ de área neerlandesa, para, livre de marcação, rematar certeiro.
Sem surpresas, a equipa de Zlatko Dalic baixou linhas e defendeu com tudo, enquanto os neerlandeses iam carregando, com uma soberana ocasião, saída dos ‘pés’ de Cody Gapko, a não ter o desfecho desejado, já em tempo de compensação.
Nos instantes finais, e já numa fase em que apenas os anfitriões cruzavam várias bolas para a área, o suplente Noa Lang acabou por estar no local certo e fazer um passe eficaz para o fundo das redes, forçando o prolongamento.
Nos 30 minutos que se seguiram, foram os croatas, com o benfiquista Musa a ver do ‘banco’, a mostrar, uma vez mais, determinação em resolver o jogo, também com uma ‘carta’ vinda dos suplentes: Bruno Petkovic.
O jogador do Dínamo de Zagreb, servido pelo melhor dos croatas, Luka Modric, disparou do ‘meio da rua’ para o 3-2, aos 98 minutos.
Se Noa Lang foi o responsável pelo prolongamento, em nova tentativa, o avançado dos belgas do Club Brugge não teve a mesma astúcia para voltar a bater Livakovic, levando a bola à malha lateral.
Do outro lado, já com os neerlandeses sem argumentos e desacreditados, Pasalic atirou à barra, antes do 'pequeno gigante' Modric terminar com as dúvidas, de penálti, aos 116 minutos.
Na quinta-feira, no FC Twente Stadion, em Enschede, Espanha, responsável pela pelo afastamento de Portugal da fase final, ao ganhar o Grupo 2 da Liga A, e Itália vão lutar pelo outro lugar na final, marcada para domingo.